Hoje estou aqui e se alguém me perguntar se sofri, posso dizer que sim. Porem sofri no tempo certo. Não que algumas lágrimas ainda não caiam quando estou a ouvir aquela nossa musica, ou quando estou sozinha naqueles dias frios, ou até mesmo quando estou sem companhia para algo. O que me conforta é saber que criei coragem. Sim, isso mesmo, CORAGEM. Para dizer basta de viver isto, que ao mesmo tempo em que alimenta meu amor e meu coração, alimenta muitas vezes minha tristeza e minha liberdade. Criei coragem para dizer chega ao meu amor, e demorei para criar coragem para chegar de vê-lo também. Demorei, mas agora criei. Tenho coragem de vê-lo sem ser ao meu lado, tenho coragem de dizer: “não quero te ver, não quero sair com você”, tenho coragem de dizer: “eu sei viver sem você”. As vezes paro e penso sobre esta escolha, se não estou rejeitando meu sentimento, rejeitando o amor – que parece ser tão verdadeiro e único. Tem vezes que não me importo, que é melhor fazer que não estou nem ai, que comentários não machucam, talvez isso seja orgulho ou até mesmo, falta de coragem para admitir. Só sei que a coragem que criei foi de arriscar, deixar para lá algo que parecia tão perfeito. E não foi por outro alguém, foi mim mesma. Cheguei a conclusão que o amor não é NADA perto da convivência, respeito, fidelidade, sinceridade. O amor não é apenas viver momentos bons, mas aqueles que precisamos de apoio. É quando estivermos sem rumo, alguém te ajudar. Isso sim é o amor. Ele é algo sublime, e é algo tão bom que torna qualquer momento em um momento especial.
Aprendi que em momentos de verdade, que você estiver sem ter um rumo só família e amigos verdadeiros vão estar ao teu lado lhe orientando. E o dia em que alguém que esteja ao seu lado de verdade – que não pertença a família e não seja um amigo de longa data – pode ter certeza que esse sim é teu amor. Não posso afirmar que será o verdadeiro amor, mas com certeza é ele que fará – mesmos em brigas e discórdias – você sorrir e se correrem lágrimas serão de felicidade.